OS CHAMADOS E OS ESCOLHIDOS



Sempre que se dá uma festa, um item que é bastante pensado é a lista de convidados e geralmente esta relação se divide em três partes: os que não podem deixar de ser convidados, os que podem ser convidados, ou não e os que só serão convidados se sobrar convites, ou os indispensáveis, os prováveis e os descartáveis.


Deus tem Sua lista de convidados para a festa de casamento do Seu Filho com Sua Igreja. A lista de Deus é bem generosa e cabe todo mundo. Nela não existem os indispensáveis e nem os prováveis, na relação de convidados do Senhor todos são impensáveis e improváveis.


Quando Deus mandou Seu Filho morrer para fazer a religação da criatura com o Criador, Jesus veio para os judeus, para o povo de Deus, havia um endereço certo e uma lista de convidados, porém está escrito: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:11).


Os judeus eram os convidados originais e indispensáveis para a festa da reconciliação de Deus com o Seu povo, mas eles perderam a festa, porque fantasiaram a respeito do seu Messias e ficaram esperando alguém que se adaptasse ao imaginário coletivo.


Naquele tempo Israel estava sob o domínio do Império Romano e os judeus ansiavam por um Rei montado num cavalo branco, com exércitos fortemente armados, que libertariam outra vez os hebreus de seu jugo. Israel queria um Messias que fosse uma mistura de Moisés e Davi e desprezaram as Profecias, deixaram de lado as características do Messias descritas nas Escrituras e perderam o melhor da festa.


Sobre isso Jesus falou aos Seus discípulos através de uma parábola, que contava a história de um certo rei que deu um grande banquete para celebrar as bodas de seu filho. O rei fez sua listinha de convidados e mandou seus servos entregar os convites, mas os convidados, escolhidos a dedo pelo rei, não quiseram ir. O rei não se deu por vencido e mandou outros servos com o seguinte recado aos convidados: “Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.” (Mateus 22:4).


Era praticamente uma convocação, mas os convidados não fizeram caso e cada um foi cuidar de sua vida e alguns tiveram a audácia de maltratar e matar os servos do rei. Que convidados, hein? Ô povo ingrato!


Quando o rei soube o que aconteceu ficou muito bravo mesmo e mandou seus exércitos destruírem aqueles homens e incendiar sua cidade e o rei desabafou com seus servos: “As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.” (Mateus 22:8). O rei ficou numa saia justa, o banquete estava preparado, porém os convidados não compareceram, os chamados não foram.


Desiludido com os “chamados”, o rei tomou uma atitude radical e mandou que seus servos fossem pelos caminhos convidando todos que encontrassem para as bodas de seu filho. O povão veio para a festa, gente de todo tipo, bons e maus e a festa ficou animada, cheia de convidados.


Lá pelas tantas o rei entrou para ver os convidados do banquete das bodas de seu filho e viu um cidadão que não estava dignamente trajado, com vestes de núpcias e foi abordá-lo, para saber como ele tinha conseguido entrar na festa sem vestes nupciais e o homem não soube explicar, então o rei mandou que seus servos amarrassem o penetrae o lançassem fora da casa, nas trevas e o texto conclui dizendo: “Ali haverá pranto e ranger de dentes. Porquemuitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (Mateus 22:13-14).


A parábola das bodas do filho do rei ensinou uma verdade profunda aos discípulos de Jesus. O rei era ilustração de Deus Pai, o filho era Jesus, a festa era o grande encontro de Jesus com Sua Igreja, as Bodas do Cordeiro, quando Jesus receberá Sua Noiva em vestes nupciais no Reino dos céus. Os convidados chamados para a festa de casamento é o povo judeu, que naquela época não reconheceu em Jesus o seu Messias e por isso maltratou e matou muitos servos de Deus (os profetas), que foram enviados para chamá-los para as bodas.


Quando os chamados para a festa, os indispensáveis rejeitaram o convite, o rei abriu o convite a todos os povos, línguas e nações. Agora o convite era universal, todos foram convidados, não havia requisito para ser um “escolhido” para a festa do rei, a não ser uma única condição: trajar vestes nupciais. Tanto é que um determinado cidadão foi identificado como penetra, porque não trazia suas vestes brancas, suas vestes nupciais e foi lançado para fora.


Observe que essa é a única condição para participar das bodas do Filho do Rei: vestes nupciais. Jesus veio para os judeus, mas eles rejeitaram o convite, então aconteceu o que é conhecido como “dispensação da graça”, que é um determinado período de tempo em que a salvação foi estendida a todos. Jesus estendeu a salvação para todos os povos, línguas e nações. Quem crer que Jesus é Deus, é o Filho de Deus e que Deus O ressuscitou dos mortos será salvo.


Nós somos os últimos da lista original de Deus, somos os improváveis, os impensáveis, aqueles que foram convocados pelos caminhos da vida, porém a festa é nossa, as Bodas do Cordeiro. Nós somos a alegria da festa, aqueles que vieram por último, porém os mais gratos pelo convite.



Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos é uma expressão que representa o convite da salvação endereçado ao mundo inteiro, mas que é aceito por bem poucos. Para participar da festa basta fazer o que os judeus não fizeram naquele tempo: reconhecer em Jesus o único Salvador.



 

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