TEMOR AO SENHOR
(na experiência de Pedro quando nega a Jesus)
TEXTO: Lucas 22 : 54-62
Didática: um jovem lê um Provérvio
I) - INTRODUÇÃO
Em primeiro lugar, o temor do Senhor nada tem a ver com medo do Senhor. O temor é uma forma de consideração para com o Senhor. É como a consideração com um amigo. Quando se comete uma falha com um amigo é prova de total desconsideração para com ele. É falta de temor a ele, porque o amigo é aquela pessoa a quem a gente deve a confiança da amizade.
Prova disso é a experiência de Pedro (embora um adulto), com relação a Jesus, numa trajetória que se iniciou à noite, falhando com o Senhor, mas terminou no amanhecer do dia, num caminho de retorno e restabelecimento de tudo.
O trajeto de ida pela noite a dentro revelava o caminho do declínio espiritual, decorrente da falta de temor ao Senhor, mas no trajeto de retorno, ao amanhecer, Pedro se apropria dos elementos dados por Jesus, para o restabelecimento do temor, num caminho de volta de total ascensão espiritual, resultante de uma experiência que tirou disso.
II) – O que levou Pedro a perder o temor do Senhor, negando-o 3 vezes?
A negativa de Pedro foi um acidente? Um ato inopinado? Um deslize momentâneo?
Na qualidade de um discípulo tão exigente e perspicaz, por que perdeu o temor do Senhor, falhando com Jesus?
Nem um acidente, nem um ato isolado irrefletivo, mas o resultado de um processo. Que processo é esse? O processo do declínio espiritual.
II.1) – Seguia-O de longe (vs. 54b)
Pedro desce o primeiro degrau, na sua vida espiritual, quando deixa de estar perto de Jesus e passa a estar distante dEle.
O que causa esse distanciamento:
- Diminuição da frequência aos cultos (ainda que de forma justificada: aula, trabalho, atividade noturna...)
- Deixar de participar da assistência e dos trabalhos ligados à vida da igreja.
- Redução dos momentos de oração a sós com o Senhor
- Esquecer o clamor, negligenciar a consulta à Palavra, etc.
A falta de participação nos cultos e nas reuniões da igreja, bem como o desprezo aos meios de graça, torna o jovem vulnerável à ação dos agentes nocivos à vida espiritual.
II.2) – Caminhou sozinho
O segundo degrau é o isolamento. Sozinho significa: sem a proteção do Corpo.
Onde estavam os demais discípulos naquela noite?
Os demais discípulos, naquela noite, estavam, abrigados debaixo da comunhão do corpo, reunindo-se a portas fechadas, orando incessantemente.
Pedro tomava, naquela mesma noite, o caminho daqueles que zombavam de Jesus.
O mau caminho: da soberba, da arrogância, da boca perversa.
Prov. 8:13 “O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, a arrogância e o mau caminho e a boca perversa aborreço.”
II.3) – Assentou-se entre os estranhos (vs.55)
O 3º degrau era um pátio exterior, com uma fogueira acesa e todos os que zombavam de Jesus estavam ali assentados, bem no meio do pátio. Esse era o ambiente exterior, com toda a aparente liberdade. Mas naquele ambiente Pedro estava exposto.
Muitos saem para buscar no mundo exterior o envolvimento, o entretenimento, a satisfação pessoal, a alegria momentânea, o divertimento, a roda de amigos. Ali se expõem aos perigos mais diversos.
Assentar-se ali é encontrar ali um lugar de acomodação. As coisas no mundo são muito bem preparadas para oferecer toda a comodidade àquele que caminha distante de Jesus.
Porém, naquele mesmo instante, os demais discípulos reunidos no cenáculo (o átrio interior) desfrutavam da comunhão, do calor e da alegria genuína da bênção do Espírito Santo. Ali não estam expostos.
Prov. 23:17 “Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes sê (conserva-te) no temor do Senhor todo dia.”
III) – Como Pedro perdeu o temor do Senhor, negando-O 3 vezes? Como isso aconteceu?
III.1) – Não O conheço (vs.57)
Como Pedro conhecia Jesus? Através de Sua palavra, Seus sinais e das experiências que viveu com Jesus. Esta era agora a resposta de quem se esquecera de tudo o que aprendera e vira.
A primeira manifestação de perda do temor ao Senhor é não se lembrar dos ensinos e das operações de Jesus na sua vida. Despreza a assistência e o cuidado que lhe foram dedicados.
III.2) – Não sou (deles) (vs.58)
– Mat. 26:73; “...tu és deles, pois a tua fala te denuncia.”
Naquela posição ali não era mais o discípulo que havia adquirido os hábitos da nova vida e que havia assimilado os valores do Reino de Deus.
- “não sou”: se não era ele, quem seria então?
- Nesse momento Pedro perde a identidade. Adquiriu outra identidade, aquela que o identificava com aquele grupo que estava no pátio exterior. A identificação com o mundo.
- É nesse estado que o jovem caminha para a degradação moral, renega a família, esquece os irmãos, subverte a escala de valores pessoais, despreza as autoridades e se torna irreconhecível.
- A esta altura aqui, com a perda da identidade, já perdeu o temor do Senhor, pois já passa a negar sua identidade com o Senhor.
III.3) – praguejou (Mt 26:74)
Nessa fase da perda do temor, começa a blasfemar, difamar, lançar impropérios contra aqueles que se dirigem a ele e agredir as pessoas. Lançar a culpa nos outros, por estar no mundo. Não aceita mais uma palavra amiga.
É a fase final da degeneração espiritual: torna-se insociável, irascível e perigoso para a sociedade.
IV) – O restabelecimento – o caminho de retorno – a subida de volta
Diferentemente de outros personagens que encontramos na Bíblia, Pedro encontra lugar de arrependimento, quando empreende o caminho de volta.
IV.1) – Encontra o olhar de Jesus (vs.61a)
A primeira coisa que Pedro descobre, apesar da sua condição diante do Senhor, é que o olhar de amor e de misericórdia de Jesus, se dirige para ele. Jesus confirma isso, quando da ressurreição, quando o anjo do Senhor manda um recado para Pedro: “...ide dizei aos discipulos e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia.
Contar aqui o caso do João Egidio, como foi alvo da misericórdia do Senhor no retorno.
Prov. 14:26 “No temor do Senhor há firme confiança, e Ele será um refúgio para seus filhos.”
IV.2) – Lembrou-se da Palavra de juízo (vs.61b)
O juízo de Deus para ele já lhe havia sido revelado por Jesus, ou seja: “três vezes”.
Ali estava o seu limite e o seu tempo. Esse limite é o espaço que compreende a misericórdia do Senhor pelos seus. Era um segredo que somente ele e o Senhor sabiam. Não poderia ultrapassar aquele limite. Caso continuasse negando o Senhor, teria ultrapassado esse limite.
Simei ultrapassou o ribeiro de Cedrom e seu caso não teve mais retorno. Esaú afastou-se demais da casa do pai e perdeu a benção. Judas invadiu a intimidade dos discípulos à frente dos soldados e acabou depois na forca. Estes não encontraram lugar de arrependimento. Mas Pedro lembrou-se da Palavra do Senhor.
Ainda teme a Palavra do Senhor? Está em condições de tomar o caminho de volta.
Caso do jovem que me procurou preocupado em Jesus vir e ele ficar, pois se desviara do Evangelho.
Prov. 10:27 “O temor do Senhor aumenta os dias (vida eterna), mas os anos dos ímpios serão abreviados (vida terrena, mundana em que o homem morre cedo)”
IV.3) – Saiu dali (vs.62) – Um ato visível
Deixou aquele ambiente dos que negavam a Jesus, aquela roda de amigos que só lhe facilitaram negar o Senhor.
Deixar o mundo. Moisés deixou o Egito, quando descobriu que ali só havia morte para ele.
Prov. 28:13 “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixam, alcançará misericórdia.”
Prov. 14:27 : “O temor do Senhor é uma fonte de vida, para preservar dos laços da morte (é o que tem em abundância nas rodas de amigos)”
IV.4) – Chorou amargamente (vs.62)
Choro amargo é o choro do afastamento do Senhor. Quanto mais longe é a caminhada no pecado, mais amargo o choro.
Mas naquele choro ali estava o reconhecimento das suas falhas e que distanciar-se de Jesus é realmente amargo. É a tristeza do pecado cometido e o clamor pelo perdão.
O maior valor desse choro é quando é seguido de uma mudança de vida e de uma transformação de carater.
Aquele choro ali iria ser traduzido nas palavras que Pedro iria dizer a Jesus mais tarde: “Senhor, tu sabes de tudo. Tu sabes que eu te amo.” Negou-O 3 vezes (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) mas agora, confeça-O também 3 vezes.”
Prov. 19:23: “O temor do Senhor encaminha para a vida: aquele que o tem, ficará satisfeito e não o visitará mal nenhum.”
Salmo 111:10 “O temor do Senhor é o principio da sabadoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.”
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PAINEL DA AULA
O TEMOR DO SENHOR
(na experiência de Pedro quando nega a Jesus)
TEXTO: Lucas 22 : 54-62
I) - INTRODUÇÃO
II) – Processo de declínio Espiritual
II.1) – Seguia a Jesus de longe
II.2) – Caminhar sozinho
Prov. 8:13
II.3) – Assentar-se entre os estranhos
Prov. 23:17
III) – Como isso aconteceu?
III.1) – “Não O conheço“
III.2) – “Não sou (deles)”
III.3) – praguejar
IV) – Processo de restabelecimento
IV.1) – Encontrar o olhar de Jesus
Prov. 14:26
IV.2) – Lembrar-se da Palavra
Prov. 10:27
IV.3) – Sair dali – Um ato visível
Prov. 14:27
IV.4) – Chorar amargamente
Prov. 19:23:
Salmo 111:10 – leitura por todos.
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