Gênesis 48:21 “Depois disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco,
e vos fará tornar à terra de vossos pais”.
Tema: O que
está vivo dentro de você: o velho homem ou a profecia.
Introdução
Jacó estava vivendo os seus últimos
dias (147 anos), mas a lucidez com que ele se refere ao tempo da sua partida é
algo notável. Nesse diálogo estabelecido com José seu filho, Jacó faz menção de
algo mais muito, muito importante que era não a sua morte, e sim a promessa de
Deus sobre a vida do seu povo, e era a está promessa que José devia se apegar.
Interessante que Jacó ao mencionar que há sua hora estava próxima, não havia
nenhuma incertezas quanto àquilo que fora a sua vida, porque Jacó bem sabia o
que fora a sua vida com Deus; uma vida marcada por experiências gloriosas. O seu corpo mortal iria se desfazer, mas algo
continuava vivo em seu coração ( a promessa de Deus). Tão diferente dos homens
dos nossos dias que ao aproximasse da morte, revelam o seu temor e pavor da
mesma, porque não há nada além desta vida em seus corações. A palavra de Jacó
para o seu filho José naquela hora fora: “Eis
que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará tornar a terra dos vossos pais.”.
Desenvolvimento
Eis
que eu – A grande luta travada por todos nós é com o nosso “eu”
que são as nossas vontades, os nossos desejos. Muitas vezes achamos que os
nossos maiores adversários estão do lado de fora, e cometemos um grande
equívoco porque eles estão dentro de nós. E aí surge a grande pergunta como vencermos
o nosso “Eu”? Quais as armas a serem usadas que possam nos assegurar a vitória?
O nosso “eu” precisa ser derrotado para que a vontade do Senhor prevaleça em
nossas vidas, para que o Espírito Santo nos conduza segundo o projeto eterno
que Deus estabeleceu para cada um de nós. as armas para vencermos o nosso “eu”
são os meios de graça: (oração, jejum, madrugada, louvor, leitura e meditação
da palavra), é uma vida no altar do Senhor, é a nossa obediência as
determinações do Senhor para as nossas vidas. Lembramos aqui a Experiência de
Paulo que em sua carta aos Romanos 7:18-20;24 menciona a sua luta, quando diz que “ Porque
eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito
estar em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero,
mas o mal que não quero esse faço. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará
do corpo desta morte? Vemos ainda em outro momento ao escrever para os Gálatas 2:20 a seguinte afirmação de Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo,
não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo vivo-a pela fé do
Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. Isso
se dá, quando o homem alcança o sentido da vida e tem uma experiência real e
verdadeira com Jesus. A luta contra o nosso “Eu” é diária, porque a cada novo
dia é preciso reafirmar a nossa decisão em deixarmos que o Senhor viva em nosso
coração através da operação do seu Espírito Santo.
Morro
– Para que o Senhor
Jesus viva em nosso coração, algo precisa morrer em nós, e o que precisa morrer
em cada um de nós é o velho homem, a velha criatura. Eis que eu Morro, Eu morro
para o mundo, para os vícios, para o pecado... O nosso “eu” está morrendo a
cada dia, porque estamos dando lugar ao Espírito Santo que tem santificado a
nossa vida para que vivamos uma vida que agrade o nosso Deus.
Mas
Deus será convosco
– Jacó ao falar da sua partida (morte) para José não tinha o intuito de
entristecê-lo, mas de fortalecê-lo quanto
àquilo que havia de mais importante que era a promessa de uma terra que
fora prometida por Deus ao seu pai Isaque que por sua vez fora prometida a
Abraão. Então se tratava de uma promessa que havia sido passada de geração a
geração. Em outras palavras o que Jacó queria que José entendesse é que a promessa
estava viva, ela não deixaria de existir com a sua partida (Jacó), ou seja, a
promessa não morreria com Jacó, mas continuaria viva, porque vivo está aquele
que a prometeu e é fiel para cumpri-la. Meus Irmãos querem palavras mais
confortantes e encorajadoras do que estas ditas por Jacó ao seu Filho José: ““... Deus será “convosco”, você não
estará só, nem caminhará sozinho, mas terá a companhia do Deus todo poderoso
para vos ajudar, socorrer e abençoar.
E
vos fará tornar á terra de vossos pais –
Interessante é que a palavra era de vos fazer tornar a terra, por quê? Porque
naquele momento eles se encontravam na terra do Egito. Porém o Egito não era a
terra que Deus havia prometido a eles, e sim Canaã. A Igreja Fiel vive está
mesma experiência, estamos no mundo (Egito), mas não fazemos parte dele, ou
seja, aqui não é o nosso lugar, o nosso lugar é a Canaã Celestial. No regresso
a terra dos seus pais, está bem claro que se tratava de uma caminhada que eles
iriam empreender, teriam obviamente a presença do Senhor. Porém os desafios, as
lutas, as pelejas e dificuldades por certo haveriam de surgir ao longo da
caminhada. Semelhantemente a Igreja, também se depara na sua caminhada com
lutas, pelejas, mas segue confiante e segura porque o Senhor tem sido com ela
em todos os momentos, ele é o nosso Deus Emanuel “Deus conosco”. Há um louvor que cantamos que diz: Ele
(Senhor) é meu piloto e tudo vai bem na viajem pra Jerusalém”. É a certeza que
temos que tudo irá bem, porque o Senhor é o que vai a nossa frente.
Conclusão
JOSENILSON FÉLIX